domingo, 18 de março de 2018

Chernobyl Diaries (2012)

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Os Diários de Chernobyl de Brad Parker é uma longa-metragem norte-americana de suspense que recupera mitos urbanos sobre a história em torno da viagem de Amanda e Natalie que, ao acompanhar Chris de visita ao irmão Paul em Kiev, se vêem numa perigosa aventura pela cidade fantasma de Pripyat junto às instalações nucleares de Chernobyl.
Uma vez lá chegados na companhia de outro casal de turistas e de um guia ex-militar, vêem-se retidos naquela cidade que, aparentemente, não estará tão abandonada como todos suspeitam. Poderá existir algum segredo por detrás dos acontecimentos históricos que todos conhecemos a propósito de Chernobyl?!
Dividido em dois segmentos distintos, o argumento de Oren Peli, Carey Van Dyke e Shane Van Dyke inicia Chernobyl Diaries como aquele típico filme onde um grupo de amigos enceta uma road trip pela Europa profunda repleta de uma vontade extrema de viver a vida ao máximo e conhecer inesperados e inóspitos territórios que preenchem o imaginário de cada um. Ao mesmo tempo, conhecemos todo um conjunto de personagens que rapidamente (percebemos) irem encontrar não só o destino das suas vidas como aquele do qual dificilmente irão escapar. Num segundo momento, Chernobyl Diaries leva o espectador por uma espiral descendente de acontecimentos que primeiro os coloca num inesperado labirinto como finalmente revela tudo o que está por detrás de uma viagem final aos lugares mais recônditos desses tais mitos urbanos que... preenchendo ou não o imaginário humano deixam, no entanto, toda uma nuvem de suspeita sobre o que estará realmente escondido num dos lugares supostamente mais secretos do mundo.
Dito isto, Chernobyl Diaries é então aquele filme que inicia toda uma viagem com um conjunto de esperanças de e para com as personagens que o povoam sabendo o espectador de antemão que nada é tão bonito e cor-de-rosa como se pretende... afinal, como poderá alguém sobreviver a algo que está destinado desde o primeiro instante a ser o reflexo de algo que irá inevitavelmente correr mal?! Chernobyl Diaries é portanto o tal filme de viagem, de aventura, de decisões e de inevitabilidades que o espectador já conhece de outras paragens. A fórmula, sempre simples, baseia-se nas premissas habituais... road trip... grupo de amigos... amores não confirmados... um destino hóstil... e finalmente a morte ao virar da esquina... Com poucos elementos inovadores para lá do cenário natural per si - afinal, quantos filmes existirão com Chernobyl como pano de fundo?! - Chernobyl Diaries é portanto um filme igual a tantos outros e como um final relativamente esperado - a previsibilidade dos acontecimentos assim o determina! - que consegue manter o elemento entretenimento com algum empenho desde o início mas, assumidamente, desde que as personagens chegam a uma misteriosa Pripyat mas que, para lá do óbvio, não sobrevive com grandes elementos de consistência ou novidade. Todos esperamos o que poderá surgir... e de facto, surge.
Interessante enquanto peça de entretenimento - algum - mas longe de persistir enquanto um daqueles filmes referência no género em questão e que deixa mais questões em aberto do que propriamente aquelas que resolve encerrar... resta-nos a nós enquanto espectadores perceber se isso foi, ou não, intencionalmente criado dessa forma!
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5 / 10
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